Sufoque-me, por favor

Quando a causa da morte de David Carradine foi revelada, a reação da maioria das pessoas foi dizer “que doente”. Afinal, o lendário homem do Kung Fu, o Bill, morreu durante uma prática sinistra de masturbação. Ao invés de entrar num site da internet qualquer, Carradine preferiu fazer uso da auto-asfixia erótica.

Esse é o nome dessa prática demente. Também conhecida como Asfixiofilia. Consiste basicamente em amarrar uma corda no pescoço durante a masturbação. Dizem que a falta de oxigênio no cérebro causa um prazer ainda maior. Como meio de segurança, os praticantes dessa sandice, colocam um limão na boca. A razão do limão? Na hora que a corda apertar muito e a mandíbula travar, a pessoa morde o limão e o ácido do limão faz com que ela recobre a consciência.

Também existem outros métodos de fazer isso, como, inalando CO², colocando a cabeça dentro de um saco plástico, dentro de uma piscina, ou então fora da atmosfera. Não é preciso dizer que são todas práticas muito perigosas. E eu não recomendaria fazer isso. Primeiro, porque é doentio, segundo porque existe o sério risco de acontecer algum acidente durante o ato. E morrer por isso, é humilhante.

Voltamos ao caso de David. O limão caiu da boca dele, ele não conseguiu acordar e acabou morrendo num hotel na Tailândia. Saiba você, que por ano 1000 pessoas morrem assim apenas nos EUA. Sim, 1000 pessoas. Projetando esses dados para o mundo, poderíamos dizer que anualmente 24 mil pessoas morrem assim no mundo. Dá mais de 60 por dia.

Desde o último post do CH3, 120 pessoas já morreram assim. 120 famílias já sofreram essa humilhação, 120 funerais em que os participantes pensavam em rir quando viam o defunto.

Uma a cada 25 mil pessoas tentará essa prática durante a vida. Ou seja, quando você estiver num estádio de futebol, duas ou três pessoas ali dentro já podem ter tentado isso.

Há pouco que possa ser feito para evitar isso. Uma das soluções seria criar locais específicos para essa prática. O sujeito vai até o local, pega a chave de uma cabine e essas cabines são monitoradas por alguém. Se o ocupante da cabine sete ficar desacordado, em poucos segundos os paramédicos chegariam para fazer o resgate.

Outra possível solução é conscientizar os praticantes a chamar alguém (um amigo, um vizinho, um parente) para ficar por perto durante o ato. Algo como, o cara fica lá amarrado, enquanto o tio fica na cozinha fazendo um café e de vez em quando dá uma olhada para ver se está tudo certo.

Existiria ainda uma última solução, que é marcar os praticantes dessa (me faltam adjetivos depreciativos). Assim, as pessoas ao seu redor saberiam com quem estavam lidando. Principalmente os donos de hotéis, que ficariam atentos e impediriam essas mortes.

Mas, pensando bem. Não há nada fazer. A única forma é aceitar que esse é um dos passos para a seleção natural.

Comentários

Mariana disse…
É impressionante mesmo. Já tinha lido esses dados em algum lugar, e descoberto, para meu espanto, que o caso do David não é algo isolado, incomum.

Realmente, morrer assim é humilhante, faz a família passar vergonha, mas pelo menos torna o velório menos sombrio.

E eu já tava tendo idéias lucrativas sobre "locais específicos" para tal prática, mas no fim você me convenceu com o argumento da seleção natural.